quarta-feira, 20 de abril de 2011

Escassez de concorrentes abre espaço para estrangeiros no mercado de trabalho gaúcho.

Ofertas de plantões que nenhum brasileiro quer, atraem o paraguaio Aristides.

Foto:Fernando Gomes / Agencia RBS

Aristides Alberto Samudio Cardoso se formou em 2003 na Universidade Federal de Santa Maria, em convênio entre os governos brasileiro e paraguaio. Nem precisou revalidar o diploma.

Canudo em mãos, foi para Assunção, trabalhou em órgãos públicos locais, fez residência em pediatria e, no ano passado, voltou ao Brasil em busca de realização profissional e segurança financeira. Pretende fazer mestrado em pneumologia para retornar a Assunção em 2016 e abrir consultório.

— Eu não ganharia e aprenderia lá o que ganho e aprendo aqui — justifica.

Aristides, 31 anos, contou sua história a Zero Hora, a quem recebeu com Liliana e a filha Helena Arame, de cinco meses, nascida em Porto Alegre. Arame, em guarani, significa "pedacinho do céu" - algo que seu pai busca.

— Há vagas sobrando em plantões. Vim fazer especialização em pneumologia, mas sabia dessas vagas. Aqui o plantão rende, em média, R$ 1.080. No Paraguai, paga-se R$ 185 — diz ele.


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